quinta-feira, 29 de março de 2007

Como peixe na água, ou quase - II


Recordo hoje a baba confessada há pouco mais de dois meses.

Recordo hoje porque hoje, 29 de Março de 2007, a Mathilde, a minha filha mais crescida que nem 3 anos tem, nadou, pela primeira vez, sozinha, de costas, sem braçadeiras nem boias, só ela e a água.

E eu, sua mãe, me confesso muitíssimo mais babada que há pouco mais de dois meses.
O pai disse-me logo que eu tinha de assinalar a data e cá estou, hoje, o dia em que a Mathilde nadou pela primeira vez.

quarta-feira, 21 de março de 2007

Sol






Fomos à praia no domingo de manhã.

Tirar os sapatos e as meias foi a melhor coisa do fim-de-semana da Mathilde.

A Manon não comeu areia mas tentou ingerir bolinhas de esferovite que por lá estavam espalhadas.



Um dia vou viver para uma praia nas caraíbas, monto um bar na praia e vivo da pesca e dos cocktails.

Não me atrevo, porém, a contar este desejo às meninas, suponho que quereriam ir já amanhã.

segunda-feira, 19 de março de 2007

Vamp's



Vampíssimas!! :)


Souvenir, souvenir...


Chegaram finalmente as fotografias do carnaval na creche.
Cá está a princesa Mulan, de olho pintado e tudo (habilidade das educadoras muito apreciada pela menina em questão).

Dia do papá

Hoje houve festa na creche e presentes para o papá.

A Manon foi com uma t-shirt que diz "I love Dad".

Assim que ele chegou, a Mathilde disse-lhe que estava contente porque ele estava lá

"Daddy, daddy, I love you", canta ela com um grande sorriso.

Tão bom, não há melhor do que o papá, não é meninas? :)


Mathilde (Fevereiro/2005)

Manon (Março/2007)

sexta-feira, 16 de março de 2007

Mademoiselle BB Mathilde









Há 2 anos equilibrava-se titubeante, hoje surfa nos escorregas.

quinta-feira, 15 de março de 2007

14 de Março


Em França cada dia tem direito ao seu santo ou santa, é uma festa, a festa do nome em questão.
Ontem foi a festa de Mathilde, da Santa Mathilde.

quarta-feira, 14 de março de 2007

Equilíbrios


Há quem não aprenda a nadar, eu não aprendi a andar de bicicleta em miúda.
Sentei-me com grandes hesitações aos vinte e alguns anos num selim com desejo e medo em proporções iguais, equilibrei-me desequilibrada e dei três voltinhas a um terraço ao longo de três anos.
Aos vinte e bastante mais, num bosque de uma vila perdida no fim da Bélgica, fronteira com a terra do Tratado da União Europeia, arrisquei o passeio sobre duas rodas e acabei no meio de uma densa vegetação com mais espinhos que flores, a rogar pragas à minha mãe e a suplicar duas rodinhas que por mais que me dissessem não haver para adultos, eu não me conseguia resignar.
Depois lá fui pedalando aqui e ali e hoje já ando bastante mais à vontade mas ainda não me atrevo a experimentar o número "sem mãos", não quero ficar "sem dentes" como na anedota.

Há duas bicicletas cá em casa. Uma minha, normal, e uma do papá que também é normal mas com uma cadeira pequenina, atrás, para a Mathilde e uma mais pequenina ainda, à frente, para a Manon.
Ontem fomos dar um passeio à vinda da creche e a Manon andou pela primeira vez, muito contente, a bater os pés e a olhar para os meus às voltinhas nos pedais na bicicleta ao lado.
A Mathilde adora, faz cócegas ao pai, escolhe o itinerário e estende-me a mão quando circulamos lado a lado, coisa que me é um pouco difícil de retribuir como se pode imaginar, não que não queira, mas o desequilíbrio eventual angustia-me por antecipação e lá lhe explico que daqui a uns tempos hei-de conseguir, e hei-de!

As duas estão quase a fazer anos e a prenda da mamy (avó paterna) para a Mathilde será uma bicicleta cor-de-rosa, a cor eleita sem hesitações.
Ela mal pode esperar e eu também não. Estou desejosa de a ver a pedalar.

Os pais investem, sempre, narcisicamente nos filhos, quer o assumam conscientemente ou não. Muitas vezes desejam que a progenitura faça tudo o que eles não fizeram, tenha tudo o que eles não tiveram, seja tudo o que eles não foram.
Eu quero que a Mathilde e a Manon façam o que lhes der na gana, tenham o que conseguirem e queiram, sejam o que desejarem, e sobretudo que se sintam bem na pele delas, seja lá o que decidirem.
E quero que elas saibam andar de bicicleta. Quero! Pronto!
É o meu grande investimento narcísico bastante consciente.

segunda-feira, 12 de março de 2007

Pó Póóóóóó...

Hoje de manhã, no caminho para a escola, o papá apitou, não sei porque motivo, não é muito importante, apitou.
Mathilde automática: - Oh! Les gens savent pas conduire! - constatação aparentemente óbvia consequente da buzinadela paterna, seguida de um suspiro enfastiado e - C'est pas possible!...

Durante algum tempo perguntei-me com quem é que ela teria aprendido a soprar contrariedades, e depois prestei-me atenção e dei-me conta de que foi certamente comigo, o pai não emite sons do género, ao menos eu não me irrito no trânsito.

Olha a bela da herança: contrariedades ao volante + suspiros enfastiados.
Fizemo-la bonita!

Culinária


- Eu hoje comi frango com letras e água.
- Comeste frango?
- Sim, com letras e água.
- ... uhm... canja?
- Sim mamã, com letras e água.

domingo, 11 de março de 2007

Monsieur Le Président de L'UEFA


Há umas semanas, a Mathilde viu o pai a ler a France Football e, apontando para a capa, perguntou:
- C'est qui papa?
- C'est Platini, Mathilde.
- Platini? (o nome deve ter-lhe soado bem)
- Oui, Michel Platini, le nouveau président de l'UEFA, très grand joueur.
- Platini? (soou bem quase de certeza)
- Oui, Platini.
- Platini... (sorriso dela, sorrisos nossos, certeza confirmada, compreendo, platini soa bem, é como panini que para além de ter um som giro, é uma bela e saborosa tosta)

Ontem, ela pôs-se a desfolhar outra revista e o pai ia-lhe apresentando jogadores e respectivas equipas.
- Lui c'est Beckham, il joue au Real de Madrid... lui c'est un portugais, Pauleta, il est au PSG, lui c'est Cissé, il joue à l'OM... - e entretanto - celui là tu le connais chérie - tratava-se de uma fotografia pequenina - c'est...? - ela encolheu os ombros - C'est Pla...
- Platini? Monsieur Platini!

MONSIEUR Platini,e com toda a razão Mathilde, não andámos com ele na escola e o senhor é presidente!

ALLEZ MANON!

É espantosa a velocidade de desenvolvimento das crianças.
Assim de um dia para o outro, a Manon mantém-se de pé sem apoio durante imenso tempo, depois fica tão entusiasmada que desata num abanar excitado e pumba!, rabo no chão. Sorri de orelha a orelha e eu pareço uma maluca sorridente mais entusiasmada do que ela, repetindo-me qual vinil riscado:
- Boa, Manon! Boa, Manon! Boa! Boa! Boa, Manon!
O que mais me surpreende é o equilíbrio a levantar-se quase quase sem apoio também, gatas - cócoras - em pé assim sem mais nem ontem.

Outra habilidade é subir escadas, esta miúda é uma despachada, tuca-tuca-tuca-tuca, lá vai ela, se desviamos o olhar cinco segundinhos já dois degraus estão no papo. A Mathilde tenta discipliná-la sem sucesso:
-Manon, não podes brincar nas escadas! Ai! Mau! Maria!

(Mau Maria?? Mas onde é que ela aprendeu isto?)

A Mathilde não mexia em nada, a Manon é uma centopeia, tudo desperta a sua curiosidade e tudo acaba na boca. Suponho que a pequenina vai mesmo comer areia da praia este Verão, coisa que a irmã nunca degustou.

Passamos os dias a incentivá-la, não a comer areia, nem a mexer em tudo mas a andar:

ALLEZ MANON! ALLEZ MANON! ALLEZ!
ALLEZ MANON! ALLEZ MANON! ALLEZ!

E ela sempre com aquele maravilhoso sorriso de orelha a orelha :)

domingo, 4 de março de 2007

11 meses



e cada vez mais gira.

:)

Há pouco mais de dois anos, a Mathilde era assim.












E agora está uma senhorinha "crescida".

sábado, 3 de março de 2007

Regressões



A minha irmã, aí há uns dois anos, trouxe para a Mathilde uma casa de bonecas, aos bocadinhos.
Bastantes mais anos antes, uma qualquer revista de trabalhos manuais, suponho que fosse esse o contexto, tinha oferecido a dita casa aos bocadinhos, um bocadinho em cada número. A minha irmã achou a casinha um mimo e toca de comprar as revistas, tivessem ou não interesse para ela, de forma a construir a dita que seria para a sua filha. Ora entretanto a minha sobrinha cresceu e tem hoje 15 anos e, assim sendo, ela presenteou a Mathilde.

Eu gostei imenso da ideia, e sobretudo da mobília pequenina para rechear as divisões.
Havia apenas um pequeno problema, resolúvel mas que nos frenava o início da construção, o mesmo que travou a minha irmã, faltavam bocados da estrutura e, um problema maiorzito, não havia livro de instruções.



No fim-de-semana de carnaval decidimos pôr mãos à obra e deparámo-nos com uma quantitade interminável de peças para colar, pregar, aparafusar, encaixar e adaptar.
Demorámos 4 dias, com muitas pausas é certo mas 4 dias a dar-lhe forma, o pai trabalhou bem mais do que eu, preserverante. Valeu a pena. Está o mimo esperado e as mobílias são de facto uma delícia para miúdos e graúdos.
Para compôr o ramalhete, alugámos a casa às Polly Pocket da Mathilde.
Ela gostou muito mas quem anda maluquinha sou eu, a trocar roupas e a instalar meninas ao piano, outras na banheira, casalinhos a jantar, a trocar os móveis de lugar, a compôr a disposição, etc...

É maravilhoso ter filhos com quem regressar à infância.
Agora falta-me uma locomotiva daquelas com uma linha férrea bem longa, túneis, árvores, casinhas e tudo a que se tiver direito.

quinta-feira, 1 de março de 2007

Gatices

Andamos maravilhados com a Manon a gatinhar, nunca tínhamos visto isto, assim numa base diária e respeitante a alguém que nos saíu das entranhas.
A Mathilde não gatinhou e, como tal, esta deslocação a quatro patas é fascinante.
Para nosso maior prazer, ela gatinha muito direitinha, parece um boneco de corda muito bem articulado. Tão gira!

A Mathilde faz corridas com ela, põe-se de gatas e chama pela irmã que a segue para todo o lado e ri com ela como com mais ninguém.

É tão comovente a relação das duas, ando sempre de lagriminha no olho.
Estou com o Síndrome Cinha Jardim assumido - Minhas ricas filhas!!!