terça-feira, 25 de março de 2008

Um copo com água/Uma escova e pasta/P'ra lavar os dentes é o que me basta!


A Mathilde foi ao dentista.
Tinha um molar com uma manchinha castanha que nos intrigava e achámos por bem ir investigar se seria apenas uma mancha inofensiva ou uma cárie malvada.
A investigação começou em Dezembro e estendeu-se a uma segunda consulta em Janeiro com a confirmação da segunda hipótese. Uma depressão no dente recebia todas as particulazinhas mais afoitas à escova que se aninhavam muito aconchegadas e provocavam a tal malvada mancha que afinal não era só uma mancha.
Em Março procedeu-se pois ao tratamento.
Ficámos abismados com a calma da Mathilde. O pai disse-me, aliás, não sei quantas vezes, para fechar a boca porque o meu queixo caía enquanto a observava nem ousando proferir palavra.
Lá estava ela, sossegada, cheia de aspiradores, brocas, algodões e dedos com luvas dentro da boca bem aberta, sem tugir nem mugir (e porque haveria de mugir?, que raio de expressão!), durante um tempo que me pareceu infinito.
E de lá saíu toda lampeira e satisfeita.

Eu nunca temi o dentista, talvez o facto de ter tido um pai Estomatologista tenha ajudado.
O papá, pelo contrário, quando pequeno, deu um estalo a um e nunca mais lá pôs os pés e muito menos a boca.

Talvez ela tenha herdado o meu gene "No-fear-de-dentistas"...

Seja como for, Grande Mathilde!

sábado, 22 de março de 2008

Piratarias


Os heróis dos mais pequeninos, nos dias que correm, são muito bem comportados.
O Noddy e o Ruca, por exemplo, são educados, cometem pequenas faltas elevadas por vezes a um nível quase exagerado de desgraça parecendo um pouco mártires, "Ai! Que me aconteceu mais uma tragédia! Esqueci-me disto ou daquilo! Roubaram-me os brinquedos! Enganei-me nas contas!", há uma pequena tendência Calimero, bem acolhida no geral.
Não sei se é a lógica lusitana do coitadinho ser sempre bem acolhido mas, quando indago o porquê de tanto louvor a tais personagens principais das séries infantis, dizem-me que é para as crianças aprenderem que também cometem erros.
Concordo que é importante o lado falível humano e que os Super- Heróis que ganham sempre não correspondem à vida como ela é. Mas tanto? A fantasia, a capacidade de se transcender, a sorte de ganhar contra todas as adversidades, as tropelias e conspirações inerentes aos pequenos piratas que existem em todas as crianças não têm lugar na educação moderna em parceria com a fragilidade inerente a todos nós?
Eu acho que sim.
Por isso fiquei radiante com a edição em DVD da Pipi das Meias Altas!
Que bela personagem! Vive sozinha numa casa desarrumada, o pai é um antigo pirata que caíu no mar e não se afogou porque era gordo demais e agora é Rei da Takatukalândia, deixou à Pipi uma caixa cheia de moedas de ouro que ela aplica em compras "proibidas" de quilos de bombons, caramelos e brinquedos.
Esta menina de tranças impertigadas ruivas, cheia de sardas e com meias laranja e verde presas com ligas, tem um cavalo, o Tiozinho e um macaco, o Sr. Nielson, faz panquecas, comporta-se sem modos educados embora tente modificar esta conduta e tem uma força imensa desafiando os rapazes que lhe querem bater e até mesmo os polícias que a querem obrigar a ir para um lar de crianças. Tem jogos simples que maravilham os amigos e conta histórias inacreditáveis sobre os lugares do mundo por onde viajou no barco de piratas do pai.
Gosto da Pipi. Sempre gostei. Este lado rebelde e anti-convenções delicia-me e pelos vistos encanta a Mathilde e a Manon também que têm passado os dias a cantarolar "Pipi Meias Altas/ Pipilota para os meninos sou/ Pipi Meias Altas/ É verdade é aqui estou"

Três VIVAS à Pipi, uma menina bem destemida e original!

quarta-feira, 19 de março de 2008

domingo, 16 de março de 2008

Amor é...


...um abracinho numa piscina de flores!

Momentos fixados no tempo

A Mathilde descobriu as potencialidades da era fotográfica digital.













O mundo através de uma objectiva, aos olhos de uma menina de quase 4 anos.

terça-feira, 11 de março de 2008

sábado, 8 de março de 2008

Ai chega chega chega chega ó minha agulha...







- Minha boneca!
- Boneca? Eu não sou uma boneca, não tenho costura!