sexta-feira, 29 de junho de 2007

Mudança de ares

Fomos de fim-de-semana compridinho, 4 dias, para terras do sul.
A mudança de ares pôs as miúdas eléctricas.

A Manon não parou dois segundos, falou de manhã à noite, mexeu em tudo, explorou tudo, riu-se muito, saltou muito na cama com a irmã e comeu ainda mais do que o habitual.

A Mathilde cantou todo o dia, nada de novo, ela canta a vida dela com melodias inventadas ou outras conhecidas, falou ainda mais do que o habitual, comeu bastante mais do que o habitual, sobretudo parvoíces como batatas fritas, gomas, gelados e pipocas, ganhou uns chilnelos novos com flores, ela a rainha do chinelame, domina o chinelar de forma exímia, e saltou muito na cama com a irmã.

A Manon é um panadinho na praia, a areia não tem mistérios para ela, o mar não a assusta e as construções não lhe interessam por aí além, o que ela gosta é de buracos, suficientemente grandes para se transformar em croquete dentro deles.

A Mathilde já é mais castelos e conchinhas, como se imagina de uma princesa, e o que lhe apraz mesmo é nadar numa grande, grande, e funda, funda, piscina. Graças à natação, "ora aqui vou eu com o meu colete ou as minhas braçadeiras e não quero ajuda de ninguém que eu consigo passear dentro de água em grande estilo", é genial.

A Manon está-se nas tintas para o frio, e mesmo a bater o dente quer é estar dentro de água, não tem medo nenhum, antes pelo contrário.

Apesar da excitação das mini-férias (férias... férias para elas!, que nós andámos num corropio doido), elas portaram-se maravilhosamente, dormiram pela primeira vez no mesmo quarto, grande aventura, diga-se de passagem, e voltaram mais morenas e cheias de histórias para contar. A Mathilde fê-lo à creche toda e a Manon deve ter seguido o exemplo porque, segundo a educadora, falou o dia inteiro, muito bem disposta.

Anseio pelas férias compridas, acho que elas vão adorar!

terça-feira, 26 de junho de 2007

Festa!

Na sexta-feira houve festa na creche, a festa do Verão.
O projecto ao longo do ano foi a vila de Cascais e para fechar em beleza as educadoras prepararam vários números a condizer com o tema.

Fui privilegiada porque toquei guitarra a acompanhar duas das salas que desfilaram em marchinha popular, uma delas a sala da Mathilde.

Adorei o ensaio na véspera. Fiquei espantada com o ar compenetrado da minha princesa maior, de mão na cintura, a abanar a anquinha ao som da música, tão gira!


"Os 3 anos estão em festa
Não há marcha como esta
Chovem foguetes no ar
(pum pum pum) (este "pum pum pum" era acompanhado pelos meninos da sala abaixo, com instrumentos de percussão, muito certinhos, espantosamente ensaiados)

Hoje é dia de alegria
Na Chupeta há fantasia
Vamos todos festejar

Os 3 anos estão em festa
Não há marcha como esta
Nós queremos diversão
Aprendemos a escrever
A desenhar e a ler
A cantar e a brincar

Somos da Vila de Sintra
Vindimamos sem parar
Nela fazemos o vinho
Que vos damos a provar
Com arquinhos e balões
A marchinha vai em frente
Trazemos nos corações
As mais bonitas canções
P'ra cantar a toda a gente"



Estava muito curiosa com o que a salinha da Manon iria fazer e fiquei maravilhada com ela que não se intimidou nada com tanta gente, antes pelo contrário, fartou-se de sorrir a todos, quando nos viu largou a mão da educadora, veio dar-nos um abracinho e depois voltou espontaneamente para o desfile dos "turistas que vinham ver a vila".

São muito "artistas" as minhas meninas, tão giras mas tão giras que ainda tenho lagriminhas a teimar saltar quando penso naqueles momentos, sobretudo na Mathilde, muito orgulhosa a dizer a toda a gente: "É a minha mãe! Vai tocar e cantar comigo! É a MINHA mãe! E o papá vai tirar fotografias!"

É tão bom ter filhos! É tão bom ter filhas!

É tão bom ter as minhas filhas!!!

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Adenda, atrasada, ao passeio no parque



Quando eu era pequenina, talvez um pouco maiorzinha do que a Mathilde, num dos habituais passeios ao parque infantil, hesitei em saltar para o primeiro baloiço vago.
- Mãã (não é mãe nem mamã, é mesmo mãã)...
- Diz Maria!
- Não tenho cuecas :(


Sempre me ri com esta história, sempre a achei possível e, no entanto, improvável, como é que a minha mãe se esqueceu de me vestir cuecas?!
O assunto resolveu-se num abrir e esfregar de olhos com a habitual concepção prática da vida que ela sempre teve e à qual deve a sua sobrevivência vivenciada de forma, lá está, prática!
- Não? Ah?! Bom, não faz mal, vai lá para os baloiços à vontade, não te rales com isso, sentas-te bem em cima da saia e não te preocupes. Quando voltarmos a casa logo vestes as cuecas.

Bom, "les chiens ne font pas des chats" e ele há coisas que devem estar nos genes e insistem em dar um ar fenotípico da sua graça atravessando gerações.

Na ida ao parque da pata e seus patinhos, ainda a caminho, a Mathilde, imbuída de grande espírito maternal, pára, baixa-se para endireitar o seu bebé no carrinho e, quando se levanta, traz sem querer o vestido preso na mão.
De olhar atónito, oiço o papá exclamar:
- Et la culotte? Tu ne l'as pas mise?

Pois parece que não, não vesti cuecas à Mathilde, escapou-se-me!
A diferença é que ela não estava nem aí, livre e descontraída, sem se ralar nadinha de nada, lá vestiu umas cuequinhas sobresselentes que estão sempre no saquinho dela mas com um ar de quem nos estava a fazer um favor e, por ela, teria continuado o passeio e todas as aventuras no parque sem este apêndice inventado, parece, no século XVI, em Itália.
Como eu te compreendo Mathilde...

Tal mãe, tal filha ou, neste caso, tal avó, tal mãe ou, melhor ainda, tal mãe, tal mãe.
Não é impossível, de facto.
É até bastante provável, afinal :)

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Uma pata e quatro patos II



Nova estação, nova "ninhada".

No sábado um dos patinhos apanhou o susto da sua tenra vida com a Manon que tentava pegar nele como se fosse um dos seus peluches, e fazia-lhes festinhas enquanto lhes apertava uma pata ou o pescoço (o bicho não se magoou, eu velei pela sua saúde). O jeitinho desajeitado que caracteriza os seus 14 meses e que é um miminho, eu adoro.

A Mathilde, muito atenciosa, tocou-lhes com cuidado, com aquele ar de irmã mais velha responsável, do alto dos seus imensos 3 anos, tão derretida como a mais pequenina.

As duas concentradíssimas e maravilhadas com aquelas 4 coisinhas amarelas.
Nós, os pais, também.

Tudo isto perante uma mãe pata muito simpática que abanava o rabo ao ver-nos oferecer um queque aos bocadinhos aos seus filhotes.

Pergunta de etologia "As patas têm sempre 4 patinhos?"
Refiro-me aos filhos patos, que já lá diz a piadinha infantil - Quantas patas tem um pato? Tem as patas que ele quiser.
O que me leva a outra questão: Os patos e as patas casam para toda a vida quais cavalos marinhos? Ou são mais libertinos?

Em todo o caso, a mamã e sua prole encantaram uma bonita manhã no parque.

sábado, 9 de junho de 2007

Travolta in djellaba
























آه ، آه ، آه ، آه ، ستايين '' ستايين حيا حيا

(Ah, ah, ah, ah, stayin' alive, stayin' alive)

quinta-feira, 7 de junho de 2007

A minha primeira grande excursão


Esta semana, na segunda-deira, a Mathilde teve a sua primeira grande excursão. Foi com os meninos da creche passar o dia a uma quinta no Cartaxo.
Autocarro gigante, mochila com garrafinha de água e bolachas, chapéu do dia da criança et hop!, todos a caminho.

Vacas, javalis, patos, galinhas, "vaquinhas pequeninas", pintainhos, ovelhas, carneiros, cabras, fazer queijo, ordenhar vacas, apanhar flores, um bonito dia no campo, seguramente inesquecível.

Parece que, às páginas tantas, e a propósito do queijo, o senhor que explicava o processo disse algo em francês, aqui para nós, não percebi porquê. A Mathilde corou por todos os lados e a Rita, a directora da creche, perguntou-lhe:
-Não é assim que diz Mathilde? - ela abanou a cabeça, mais vermelha ainda - Então como é?
-Faire le fromage.

Tão gira a minha francesinha! O queijo é algo que lhe está nos genes ;)

Regressaram ao fim da tarde. Ao portão da creche aguardavam-nos muitos pais. Recordou-me quando eu voltava dos campos de férias em pequena, bem maior do que a Mathilde porém, e tinha a minha mãe à minha espera, e soube-me bem a recordação.
Foi um belo início de semana.

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Calão

Há quase sempre fila de muitos carros na rua da creche das meninas de manhã.
Há quase sempre um comentário meu ou do pai a propósito.
Há, pois, quase sempre um "Bolas! Tantos carros! Allez!!" ou um "Oh La! C'est le Bronx! Allez!!".
Hoje não havia trânsito.
Mathilde: Papa! Ça roule! Il n'y a pas de voitures! Papa! C'est pas le Bronx!