quarta-feira, 22 de setembro de 2010

O mar bate na rocha...


Nas rochas da praia, maré montante, a Mathilde...

- As ondas são fortes! Levamos com imensos perdigotos do mar!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

"Gente feliz com lágrimas" II





















- Mamã, tu és médica.
- Sim, Mathilde, como tu sabes.
- És Psiquiatra.
- Sim. E?
- Nada. Estava aqui a pensar...
- A pensar no que eu faço?
- Sim...
- E o que é que eu faço, sabes?
- Sei. Tu ajudas as pessoas a serem felizes.
- ... obrigada Mathilde.
- Porquê? É o que tu fazes!
- Obrigada por pores isso dessa maneira, é bonito.
- De nada.
- Adoro-te. Tu fazes-me feliz.
- Então também sou psiquiatra.
- Sim, mais do que imaginas.

Emoções ou "Gente feliz com lágrimas"


Quando eu começei a tocar guitarra, começaram também os cursos de música do Estoril.
Graças a Piñeiro Nagy , ganhei o gosto pela guitarra clássica e iniciei um percurso que me levou a tocar violino, seguir para o Conservatório Nacional e tocar pelas Orquestras Juvenis da época, para além de ter descoberto a minha melhor amiga, a minha guitarra.
Há anos que não assistia a um concerto de música clássica e este Verão, porque o destino me levou a conhecer o genro do guitarrista e Director Artístico dos festivais do Estoril, e até conseguiu descobrir as minhas fichas de inscrição com qualquer coisa como 8 ou 9 anos, levei a Mathilde e a Manon ao 36º Festival.
Fomos a dois concertos, o primeiro no Centro Cultural de Cascais onde estivemos os quatro e ouvimos Sonor Ensemble, um agrupamento de câmara composto quase totalmente por solistas da Orquestra Nacional de Espanha. Ouvimos será uma força de expressão não aplicável à totalidade dos constituintes desta família já que as manas, habituadas a horários menos tardios (os concertos eram às 21h30), ao fim de menos de uma hora adormeceram. Mas manifestaram grande entusiasmo e gosto pela música escutada durante a vigília. Foram para casa no intervalo e eu assisti sozinha ao que faltava.

O segundo concerto aconteceu no Museu da Música Portuguesa no Monte Estoril, um local muito bonito, e só levei a Mathilde para ouvirmos o Quarteto Blanc.
Ouviu com muita atenção, vibrou com as 16 cordas que soaram naquela noite e comentou: "A música clássica dá-me vontade de chorar. Mas não porque fique triste. Os olhos ficam assim e parece que quero chorar."

(E eu a cantarolar por dentro
"Quando eu estou aqui
Eu vivo esse momento lindo
Olhando pra você
E as mesmas emoções
Sentindo..."
e a pensar "Ah! Roberto Carlos! Que ficas sempre bem...")

E depois acrescentou: "E também me dá vontade de dormir..." ;)

Mas não adormeceu. A emoção foi superior ao poder de embalar, suponho.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Beach Girls II

A facilidade com que as crianças aprendem sempre me fascinou.

Filha de surfista, a Mathilde não escapou ao seu baptismo em cima de uma prancha.



Filho de peixe sabe nadar, filha de surfista sabe surfar, para orgulho do pai.



Não gosta de cair (apesar de todas as explicações sobre as inevitáveis quedas seja lá qual for o nível do atleta) e queixa-se da temperatura da água. Filha de friorenta, do frio se sabe queixar;)

A Manon também experimentou mas concluíu rapidamente que surfará "quando for grande".

Como o "ser grande" é praticamente amanhã, que isto passa-se num vê se te avias, lá vou eu ter de tirar do saco a prancha de bodyboard que já deve ter "enferrujado" e vai achar estranho voltar a ver a luz do dia.
Porque ficar na praia com a família toda no mar não é coisa que me encha as medidas. É mais aproximado a "Uma seca!", expressão que as manas Beach Gilrs teimam em utilizar amiúde e que nós teimamos em calar tão amiúde quanto elas.
Na volta ainda me atrevo a subir para uma das pranchas de surf que pululam a nossa casa...
Nunca é tarde e eu, assim como assim, já "sou grande", bem vistas as coisas.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Holy days II ou "Que rica vida!"

Nunca ganhei o Euromilhões, o do dinheiro, e, no entanto. ganho muitas vezes o Euromilhões da amizade. Sou bafejada pela boa sorte. É o melhor o que ela me traz.


Por artes mágicas, porque mágicas me parecem, do facebook do Xav, encontrámos um amigo de há 14 anos, rasto perdido há 11. Um amigo que em menos de um piscar de olhos nos proporcionou quase duas semanas de férias no Club Med de Athenia, em Marathon, mesmo ao pé de Atenas.
De seu nome Patrick, carinhosamente apelidado de Obelix porque possuidor de uma força incrível, pelo Xavier que com ele trabalhou, este fantástico velejador, agora Chefe de Village, recebeu-nos no seu Club deste Verão de braços abertos e a preço descontado, e assim conseguimos este ano o feito incrível de partirmos duas vezes em viagem.

Foi muito bom. Porque o encontrámos e porque encontrámos também a sua namorada e porque com eles partilhamos o início das nossas relações numa época aparentemente longícua mas que ao nos reunirmos parce ter sido ontem. Bom, talvez não ontem, na semana passada, vá, que em 14 anos muita vida aconteceu.

E foi muito bom porque, começando pela praia com água a 32 graus, um caldo que nos apraz e que nos põe a suspirar "Se ao menos no Guincho isto fosse assim..." como se tal fosse factualmente possível,































continuando pelo Wind Surf em que a Mathilde se estreou e não se desembrulhou nada mal,
























a Manon experimentou mas gostou mais do kaiak,


passando pelos patins em linha,

























o Mini Golf, a Pétanque,



o laser do Chefe para o papá,



a brincadeira a toda a hora






























e os jogos do MiniClub
















até aos espectáculos que elas amam, foram, mais uma vez, umas belas férias, um privilégio.




As manas adoraram, claro. E nós não menos, claro.



Fomos a Atenas visitar a Acrópole, o "Castelo velho" como dizia a Manon, "todo partido pelo Hércules" como dizia a Mathilde, obrigada Disney por cultivares as nossas crianças no que às lendas e mitos gregos diz respeito.









o museu da Acrópole, o Parlamento,




o Estádio Olímpico e a cidade antiga.






































































O espectáculo do MiniClub foi particularmente particular :) porque desta vez participámos os 4.

A Manon fez o seu número de dança,




a Mathilde também.





E, como me emprestaram uma guitarra, as manas foram cantar comigo uma canção minha que se chama "Se a vida fosse um desenho animado". Eu toquei e elas cantaram e encantaram.






Fiquei maravilhada com ambas e sobretudo com a Manon que se estreou nisto das cantorias com a sua vozinha muito doce e com um sorriso luminoso.




















Para acabar em beleza, a Mathilde fez um número de acrobacia com o Papá que a encheu de orgulho e felicidade.


































Estava excitadíssima com o facto de ter o pai com ela em cena e olhavam-se daquela maneira serenamente extasiada que os pais e os filhos se olham. Eu de lágrima no olho, pois.


Foi muito muito bom.

Obrigada meu bom Anjinho da Guarda que guardas estes momento para mim, para nós.

Obrigada Patrick.





E obrigada Mathilde, Manon e Mamour.





Que pinta de família temos e que privilégio tê-la.