terça-feira, 19 de outubro de 2010

O Melhor


A lista de material para o 1º ano da Mathilde incluía um livro para ficar na biblioteca, devidamente identificado.
Ela escolheu "O ponto" de Peter H. Reynolds que eu descobri no Verão na feira do livro de Cascais.
Tinha ido à caça de leituras porque a pilha de livros do Natal já acabara e não encontrei nada que me apelasse a tirar a carteira para trocar palavras por euros. Trouxe apenas "O triunfo dos porcos" de George Orwell que li antes de me deitar umas noites depois, e uns tantos livros para a Mathilde e para a Manon. Um deles era este "O Ponto" que ofereci às duas e até escrevi uma dedicatória.
"Para a Mathilde e para a Manon para que nunca se esqueçam de tentar fazer sempre o seu melhor, seja ele qual for."
(Qualquer coisa assim com o remate "Adoro-vos!")

Digo-lhes muitas vezes que não é preciso serem as melhores aqui ou acolá mas serem o seu melhor, terem brio por fazerem o melhor que sabem e podem porque como dizia a minha avó e diz a minha mãe, quem faz o que pode a mais não é obrigado, e como diz na Bíblia, quando tens um talento põe a render.
Se fizerem o melhor que sabem, ainda que lhes pareça pouco, é o melhor e este melhor é muito bom e deve ser encorajado.

Há uns dias a Mathilde estava a jogar na sua DS um jogo qualquer com o Super-Mário com níveis de dificuldade crescente. E barafustava com a máquina e refilava com os obstáculos e gritava de contentamento quando conseguia e suspirava de alívio quando acabava um nível.
Às tantas ouvi em loop ao estilo dos discos riscados "Não! Não! Não! Não! Não! Não!..." Fecha a Nintendo, olha para mim e a sorrir conclui "Eu tentei o meu melhor. Tenho de melhorar o meu melhor e hei-de passar este mundo! Ouviste mamã? Eu fiz o meu melhor!", e havia um orgulho contente escondido atrás da atitude.

É isso mesmo, nos mundos do Super-Mário ou noutros quaisquer fazer o teu melhor é muito bom, Mathilde!


(Atenção! Se às vezes não te apetece, também não é o fim do mundo, mas as consequências poderão ser diferentes. Ou não...
Esta parte não expliquei, achei que acalentar a ideia era preferível, para já, e não introduzir muitas variáveis que a possam tornar confusa :))

1 comentário:

ângela disse...

Maria, pode ñ parecer, mas o que vou dizer a seguir, é um elogio: das várias vezes que "aqui venho", mtas são as que me deixam sem saber o que dizer .. fazem-me pensar mto, mas deixam-me sem palavras p escrever .. Bjinho