sábado, 13 de fevereiro de 2010

Manon, que t'es belle ma fille!! (prononcé avec l'accent juif en lui pinçant la joue)

A nossa loira cresceu muito de repente.

Conta histórias cheias de pormenores, inventa conversas intermináveis e elaboradas entre os bonecos, inventa canções, rima palavras, fica a "ler" na cama e quando acaba o livro apaga a luz e dorme, diz palavras difíceis, já não fala à chinês quando fala português (há bastante tempo, esclareça-se), faz bonecos cheios de detalhes supostamente imperceptíveis aos seus olhos de 3 anos, tem um traço preciso e seguro, espanta-nos com a sua desenvoltura, tem uma força física incrível, dança e canta como um cantor rock maluco sob o efeito de substâncias (ainda não descobrimos onde é que ela foi descobrir tal performance), faz espectáculos com a irmã e parece voar em cima de uma trotinete.

A apimentar o intelecto e a capacidade física é cómica, malandreca, alegre e muito muito doce.
Diz-nos a toda a hora que somos bonitos, que nos adora e vem dar-nos um abracinho e um beijinho porque gosta de nos dar abracinhos e beijinhos.


Há uns dias, na escola, surpreendeu a turma quando, a ver o mapa mundo, afirmou sem hesitações que a América do norte era a América do norte.

Anda fascinada com os continentes e já os conhece e situa todos.
Desenha igloos, sabe que esquimó se diz inuite, que corta o gelo para pescar e que a Gronelândia é gelada e branca, que Portugal e França ficam na Europa, cantarola "É uma casa Portuguesa" e acrescenta sempre "Com pão e vinho sobre a mesa", canta o Hino Nacional e aprecia sobretudo o "esplendor de Portugal", as "brumas da memória" e "Às armas! Às armas! Contra os canhões marchar! MARCHAR!!!!", reconhece os árabes, descobriu que Angola é em África mas quanto a escolher um povo, preferiu ser asiática e tão bem disfarçada ficou que nem a directora da creche a reconheceu.






















Eu encontrei-a logo no meio das fotografias dos colegas de todómundo, suponho que a reconheceria até coberta de alcatrão e penas, digo eu por enquanto, porque o posso dizer, por enquanto;)

E tudo isto é bom.
Mas de tudo isto o que mais nos encanta são os seus olhos risonhos e a sua voz meiguinha, "Mamã és tão bonita! Adoro-te!... Papa tu es beau! Je t'aime!", enquanto nos aperta com força e nos beija com jeitinho.
Isto é que é mesmo bom.

(E ela dizer os "R" também;) UF...)

2 comentários:

Olinda Dinis disse...

Perfeitas, as tuas filhas são perfeitas...
Beijinho grande!

Anónimo disse...

Como cresceu esta menina! Linda e inteligente!