É impossível, ou melhor, praticamente impossível, porque teoricamente tudo é exequível, vestir umas calças à Mathilde.
É uma menina e as meninas andam de saias e de vestidos, como a Cinderela e a Branca de Neve e a Aurora e a Bela e as princesas em geral.
Às quartas é dia de ginástica. Quem é que diz que ela acata o fatito de treino, que até é todo coquete e giro?!
Às terças e quintas há natação. E persuadi-la de que é mais fácil para as educadoras ajudá-la a vestir calças e não collants e saia?!
Nada feito. É a birra desolada como se o apocalipse se abatesse sobre seu o desejo indumentário.
O que fazer? Conflito desgastante logo pela fresca por motivo, reflectindo profundamente, pouco relevante ou cedência do guarda-roupa princess-like que-daí-não-vem-mal-ao-mundo-e-até-preferimos-que-a-preferência-dela-seja-pela-saia-do-que-a-onda-Maria-Rapaz-Camionista-e-que-mais-importante-que-saia-ou-calças-é-que-ela-seja-bem-educada-e-feliz-e-se-há-coisa-em-que-se-pode-ceder-é-neste-tipo-de-parvoíces-sem-importância?
Decididamente optamos pela segunda hipótese mas somos sempre chamados à atenção na creche.
Pois...
Bom, a partir de amanhã, dia de natação, a Mathilde irá de saia mas com umas calças na mochila. O efeito de grupo é convincente e pode ser que ela aceda a vesti-las, antes ou depois, para maior facilidade prática.
As estratégias que se inventam, isto de ser mãe e pai tem o seu quê de inteligência prática!
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