terça-feira, 14 de outubro de 2008
Good cop/bad cop
A Polícia na cabeça da Mathilde está envolvida num certo mistério.
Julgo que apesar de lhe explicarmos que os polícias ajudam as pessoas, verdade indubitável para mim desde o dia em que, já há alguns anos, um agente da autoridade mudou um pneu do meu carro, cheio de boa vontade acrescente-se, para ela as forças policiais ficaram marcadas por duas coimas daquelas azaradas.
Nada de grave, um estacionamento não autorizado e um atraso de um mês no que à inspecção diz respeito.
Aqui me defendo, apesar de reconhecer que a lei é a lei e de reconhecer igualmente que nem sempre a lei me agrada, afirmando que o carro tinha sido comprado, como carro de serviço, em Agosto com uma matrícula de Maio e na minha cabeça, em Junho ainda não tinha feito 4 anos.
Nada a fazer que o polícia estava num dia de má catadura e eu às tantas de má catadura fiquei e disse apenas: "Então e agora?" e ele: "Vou altuá-los!" e eu: "Pois altue mas depressa se fizer favor que eu tenho 2 crianças pequeninas no carro, como pode ver, 300 km pela frente, está calor, são horas de almoçar e as barrigas das crianças não são tão tolerantes à hipoglicémia como as nossas!".
A má catadura tornou-se a ordem do dia para todos os envolvidos e o papá espumava enquanto se passava mais de uma hora para concluir a situação porque pelos vistos era a primeira vez que tal infracção era sancionada em Tavira e nem 4 polícias todos juntos eram capazes de descobrir o código a escrever. Muita paciência tiveram a Mathilde e a Manon!
Ora há duas semanas, vínhamos das escolas e ao nosso lado num semáforo parou um carro da Polícia Municipal conduzido por um agente bem disposto.
A Mathilde pôs-se a olhar para ele com um grande sorriso.
Ele disse-lhe adeus, ela disse-lhe adeus de volta.
Ele perguntou-lhe "Como te chamas?" e ela respondeu "Mathilde! E esta é a minha mana Manon!".
Ele disse adeus à Manon que o espreitava interessada do outro lado.
A Mathilde continuou: "E tu como te chamas?" e ele "Victor" e ela "Olá Victor!".
E nós a vermos.
O semáforo abriu e ela: "Adeus Victor!" e ele " Adeus Mathilde!".
Cena contínua, vira-se para a Manon e exclama muito contente: "Viste Manon? Um querido polícia!" e depois para nós, sentados à frente e dobrados de riso com o adjectivo colocado à inglesa imprimindo à expressão uma força redobrada e vincando a impressão mais importante do contacto entre eles, a simpatia e não a função profissional, e afirma: "Eu quero ir à casa do Victor!".
Suponho que não preciso de lhe contar do pneu, das indicações de direcção quando me perco, das conversas divertidas nas operações stop no Natal e outras situações simpáticas que já vivi com a Polícia.
Parece-me que o Polícia Victor resolveu o amargo de boca da hipoglicémia de há uns meses.
Obrigada Sr. Agente!
2 comentários:
Eheheh, adorei o à vontade da tua filha, o máximo!
Beijinhos,Sofia,Pedro e Joana
Olá querida mamã, tens um miminho no meu blog, espero que gostes!
Beijinhos,Sofia,Pedro e Joana
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