quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

Les amoureux qui se bécotent sur les bancs publics,


bancs publics, bancs publics,
En se fouettant pas mal du regard oblique
Des passants honnêtes
Les amoureux qui se bécotent sur les bancs publics,
Bancs publics, bancs publics,
En se disant des "Je t'aime" pathétiques
Ont des petites gueule bien sympathiques.


No sábado fomos ao parque com a Mathilde e a Manon. Já no regresso, num caminho no meio da floresta (um caminho pelo meio das árvores a que a Mathilde chama a floresta) ela exclama:
- Olha mamã!
Num coreto estava um casal de jovens namorados aos beijinhos.
- São namorados Mathilde, um menino e uma menina. Estão a namorar. A dar beijinhos um ao outro.
Continuámos, ela não disse nem mais um Ai nem um Ui sobre o assunto.

Ontem voltámos ao parque e, no regresso, o caminho da floresta foi percurso obrigatório, desta vez com o pai. Quando passaram pelo coreto ela pediu para entrar e uma vez lá dentro:
- Assois-toi papa stplaît!
E o pai sentou-se onde ela pediu. E ela sentou-se noutra ponta.
E então, muito compenetrada, levantou-se, pôs-se de joelhos no banco ao lado do pai, e pregou-lhe um beijinho tipo filme clássico de Hollywood quando os protagonistas do pretendido beijo colavam as bocas bem fechadinhas uma à outra e ficavam ali um bocadinho. Depois desatou a rir com um ar maroto perante um papá estupefacto. Levantou-se e :
- On y va papa?
E seguiu caminho, sem mais um Ai ou um Ui sobre o assunto.

Ah! Les amoureux qui se bécotent sur les bancs publics...

Édipo? Lógica infantil? Associação circunstancial? Imitação dos adultos? Tudo ao mesmo tempo?
Seja lá o que foi, foi muito engraçado.

Agora toca a explicar-lhe que o nosso pai não é nosso namorado, embora o procuremos o resto da vida, conscientemente ou não... bom, explicar apenas a primeira parte da última frase, claro.

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