A Manon já diz adeus, abana a mãozinha papuda e faz um ar de marota.
A Manon dá estalinhos com a boca.
A Manon diz "papá" e "mamã" e nunca se engana a chamar-nos.
A Manon está tão gira que apetece comê-la!
A Mathilde já abre a porta do frigorífico (que é muito alta), tira o pacote do leite dela, abre e deita no biberon.
A Mathilde já fala muito articuladamente em português.
A Mathilde já fala de forma bastante perceptível em francês.
A Mathilde está tão gira que apetece abraçá-la e não a largar mais.
2 comentários:
É curioso, li aqui há tempos um resultado de um estudo (em crianças monolingues), que concluía que, as crianças com os dois pais que trabalham fora de casa, acabam por, aos 2,5/3 anos, apanhar mais as expressões e frases usadas pelo pai do que as da mãe, tendo o pai, nestes casos, uma maior importância no desenvolvimento linguístico das crianças do que a mãe (a conclusão é que os pais normalmente são mais concisos no que dizem e as mães usam muitas palavras e explicações e os miúdos acabam por perder-se).
Enfim, tudo isto para dizer que me lembrei imediatamente da Mathilde e pensei se nas bilingues aconteceria o mesmo. Se a língua paterna era melhor absorvida e aprendida mais facilmente que a Materna. Com este post parece-me que se passa o contrário.
Suponho que o facto de viver em Portugal, ouvir e falar português por todo o lado justifica a maior facilidade.
Francês é só em casa ou com alguns amigos e família paterna de vez em quando.
De qualquer das formas é fascinante como ela compreende tudo e já fala com tanta desenvoltura as duas línguas.
Imaginava que seria assim mas perceber isso na experiência diária não cessa de me espantar.
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