sexta-feira, 1 de dezembro de 2006

Retratos

A era digital é francamente prática.

No dia em que a Mathilde viu pela primeira vez o nosso mundo, a máquina fotográfica avariou e poucas horas antes do nascimento fomos adquirir uma substituta ao centro comercial maior da Península Ibérica, não porque fosse o maior mas porque tinha uma Fnac e era mesmo ao pé do Hospital da Cruz Vermelha, o local eleito para os primeiros dias da nossa primeira menina. Não se podia perder nenhum minutinho desses dias, nem de todos os outros.

Ao longo dos dois primeiros anos metralhámos com e sem flash momentos que adoramos recordar, fizemos filmezinhos de tudo e mais alguma coisa e ouvimos que com a primeira é sempre assim e que com a segunda o número de disparos diminuiria drasticamente.
E nós sem tugir nem mugir, sabe-se lá como vai ser o futuro, não estamos lá, as crianças ensinam-nos essa verdade tão óbvia todos os dias,aqui e agora é que vale.

Chegou então a Manon, e no dia em que ela viu pela primeira vez este mundo, poucas horas antes lá fomos nós ao Colombo em busca de máquina nova que a outra já não dava para o gasto e não se podia perder nenhum minutinho dos seus primeiros dias, nem de todos os outros.

Passaram-se quase 8 meses e continuamos a metralhar com e sem flash momentos que adoramos recordar, fazemos filmezinhos de tudo e mais alguma coisa e já ninguém nos tece considerações sobre o número de disparos.

A era digital é francamente simpática, fotografa-se à vontade e seja o que Deus quiser, há sempre um photoshop para remediar e um delete para apagar .
Ainda assim é-me difícil triar e depois há o gosto pelo papel, gosto de ter as fotografias em álbuns que desfolho num ritmo de mãe, só pode, lento, lentinho, disfrutado.

Ora já não revelava nada desde Abril e estando o ano a terminar parece-me oportuno não deixar para o ano que vem o que se pode fazer ainda neste.
Toca a fazer uma triagem dos 6 meses e meio de fotografias que repousavam no computador e, triando muito e muito, consegui eliminar mais de um terço (só para efeitos de revelação porque as eliminadas continuam em pastinhas JPEG do mundo moderno).

Revelei 875.
6 meses e meio - 875 fotografias - 2/3 da totalidade digitalizada.

E que com a segunda isto ia acalmar, pois...

3 comentários:

Tânia Santos disse...

eu faço exactamente como tu,selecciono e depois mando revelar...tenho um fascínio especial por álbuns...
beijinhos grandes

Monica disse...

Adoro fotografias. E agradeço tanto aos meus pais por terem feito o mesmo que tu cmg e com o meu irmão. É que temos para cima de muitas fotografias, e eu adoro ver-me num tempo que não me lembro.

Elas também vão gostar muito. Garanto.

bbjs****

Anónimo disse...

Ora se se gosta dos filhos na mesma quantidade, porque é que as fotos entre o primeiro e o segundo haveriam de ter quantidade diferente?
acho muito bem :)