... vive a humanidade.
A Manon está constipada. Ainda não percebi bem se é apenas um vírus adepto do epitélio respiratório ou também do digestivo.
Há congestão nasal que nem é nada de especial, nada de labilidades térmicas, o apetite mantém-se mas cada vez que come ou bebe, a tosse impõe-se e bastam duas tossidelas para que tudo o que acabara de entrar ou que já lá estava há uma horita, mais coisa menos coisa, regresse ao mundo exterior.
Por mais que já tenha passado por isto e a rapidez de actuação se vá optimizando de criança em criança e de vez em vez, acabo sempre coberta de leite digerido ou não, já para não falar na sopa e na fruta.
Não há guarda-roupa que chegue, nem dela, nem meu, nem toalhas, nem mantinhas, nem lençois.
A única coisa que chega é a paciência. Tornei-me infinitamente mais paciente depois de ser mãe.
No meio da confusão de um belo vomitanço (perdoe-se-me a expressão mas é a que há!), a Manon olha para mim, sorri, os olhinhos congestionados do esforço brilham de novo e desata a palrar, muito bem disposta.
Acabo sempre por rir, ela transforma o se-não-fosse-trágico-seria-cómico em se-não-fosse-cómico-seria-trágico. Opta pelo alívio e o prazer da normalidade saudável desenhados naquele sorriso generoso.
Até parece que não são restos de comida mas sim"são rosas, senhores!"
Sem comentários:
Enviar um comentário