terça-feira, 17 de outubro de 2006

Doudous

Este é o Monsieur Chat.
Todas as crianças têm um doudou (é assim que o pai lhe chama), o da Mathilde é um gato cujos bigodes já viram melhores dias. Vai com ela para todo o lado e nós prestamos-lhe quase tanta atenção como a ela.

Nem sempre foi assim. Durante o primeiro ano, a grande paixão dela era o João Ratão a quem se juntou o Mister Rabbit.
Sabendo por experiência alheia que convém ter sempre uma cópia do doudou não vá o original perder-se, arranjámos 2 Joões Ratões e 2 Misters Rabbits, não fosse o diabo tecê-las.
Só que por volta do seu primeiro aniversário, a Mathilde interessou-se definitivamente pelo Monsieur Chat que habitava os pés da sua cama desde sempre mas ao qual ela tinha, até então, passado muito pouco cavaco. Ao fim de pouco tempo tornaram-se inseparáveis e para o lavar tínhamos de recorrer ao poder persuasivo da distração e entretê-la com qualquer coisa que a alheasse do seu companheiro de vida, durante uma hora. Agora já acha graça a vê-lo às voltas na máquina.
Chegou-se rapidamente à conclusão que não seria nada absurdo arranjar um duplo e aí começou o problema, a loja tinha fechado e nada feito.
Já procurámos por todo o lado e não há meio de encontrar o bendito do boneco à venda.

Hoje aconteceu. O Monsieur Chat ficou na creche. Tememos o drama, a angústia, a birra interminável. Não se mencionou o raio do bicho, fez-se de conta que estava tudo no sítio e eu rezei às alminhas para que ela não se lembrasse de o procurar. E o milagre aconteceu. Ela só dorme com ele e hoje perguntou só uma vez enquanto bebia o biberon, eu lá desviei o assunto e depois canção puxa canção, beijinhos nas bochechas (é a nova dela), boa noite e já está! Ufa!...

Dão-se alvíssaras a quem me arranjar um Monsieur Chat substituto para momentos potencialmente dramáticos como o de hoje!

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