domingo, 2 de dezembro de 2007

Conversas com Nossa Senhora


Como pretendido, falei com Ela anteontem à noite antes de dormir e hoje durante o dia aproveitando a disponibilidade oferecida por um trajecto solitário de carro.
E, nem só de Alexandras Solnado vive o "Céu", Ela recordou-me que entre a primeira e a segunda Maria no Presépio, ainda dei outro ar da minha graça encarnando a Estrela de Belém, melhor, estrelando, que o dito corpo celeste é composto de gases quentes, sobretudo hidrogênio e hélio e não tecido muscular estriado esquelético que por muito que se esforce nunca emitirá radiação eletromagnética, em especial a luz.

Maria fez com que me desse conta de que desempenhei os papéis possíveis dado o meu género específico, Nossa Senhora é mulher, Estrela é feminino e os Anjos não têm sexo parece.
Como os Reis só chegam em Janeiro, se descontarmos o Menino, nesta altura do advento, dentro do Presépio do Imaginarium que dei à Mathilde no Natal do ano passado, sobra apenas o S. José. Isto porque vaca ou burro hoje não me calham bem, os animais são nossos amigos, imagem de marca da Arca de Noé, Muu-Muu, I-Ó-I-Ó, a Estrela até tem cauda mas, a poder escolher, prefiro figuras humanas, criaturas celestes com asas ou supernovas (o nome agrada-me apesar do tom tio-like que me ocorre neste momento).

Palavra puxa palavra, lembrei-me de Lhe perguntar se isto de desempenhar papéis de Mãe do Salvador, anunciante do Salvador e guia até ao Salvador quererá dizer alguma coisa. Respondeu-me que é por isso que sou Psiquiatra. Pronto. Estou esclarecida.

Aproveitei e pedi-Lhe para velar pelas minhas meninas e para me ajudar a guiá-las porque aquelas peças de Natal já foram no meu Antigo Testamento e isto desde que a humanidade inventou que não gosta de gente diferente para esconder o medo das suas próprias diferenças, não se percebe muito bem por onde é que anda a luz, e ser psi não me dá um diploma de Mãe.

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