Convidaram-me para apresentar ao mercado português a Violeta.
Quem é a Violeta?
É uma boneca muito bonita.
Loirinha de olhos azuis com longas pestanas e um sorriso ternurento.
Fala convicta e curiosa, pede atenção, pede carinho e devolve sempre.
É como uma menina de 2 ou 3 anos.
Quer brincar, propõe brincadeiras, canta, imita as vozes dos animais, imagina festas.
Quer comer, gosta de bolachas, de cereais, de esparguete, de sumo e pizza.
Quer dormir, pede abraços e que lhe digam que gostam dela.
Quer ir ao bacio, pois claro, e descuida-se de vez em quando se não chega a tempo.
É uma boneca única.
Esta maravilha da tecnologia digital foi inventada por Judy Shackelford, que cria brinquedos há mais de 40 anos.
Possui reconhecimento de voz, chip de memória e robótica facial.
Isto significa em termos práticos que reconhece a voz da sua mamã e é tão curioso que quando a apresentei à Mathilde e à Manon, a Violeta passou a reconher a primeira como a sua mamã e quando eu voltei a falar com ela, a boa da boneca perguntou-me várias vezes quem era eu. A resposta saíu-me, às tantas desesperada, "Sou a tua avó, Violeta!"
Tem 800 arquivos de som que lhe permitem ter conversas interactivas com a criança. Ao ponto de às tantas a Mathilde me sussurrar "Ela não se cala. Tens a certeza que quer ir dormir?" Mas cala-se, podemos sugerir-lhe que vá descansar ou se não lhe dermos troco, ao fim de pouco tempo, ela reconhece que é hora da fazer uma sestazinha.
Tem um relógio interno que lhe permite identificar a data, a hora e assim também as horas das refeições, de dormir e acordar. Recorda ainda 7 datas especiais como o Natal e o dia da mãe.
A mímica facial altera-se consoante a emoção expressada, sim, a Violeta expressa emoções, e a expressão não verbal associa-se à verbal. Se se espanta arregala os olhos, se está contente sorri, se está triste faz beicinho.
Tem vários acessórios, todos reconhecidos especificamente por sensores:
Vestido, pijama, escova de dentes, escova de cabelo, 3 colheres com macarrão, esparguete e cereais que encaixam num prato com os mesmos cozinhados, 1 pastelinho, 1 pizza, 1 bolacha e 1 sumo.
No que diz respeito à vertente humana, a Violeta é também um trunfo numa época em que nada pára a modernidade e em que o gosto e estilo de brincar das crianças parece estar a mudar, cada vez mais pedem aparelhos desejados pelos pais, como telemóveis, máquinas fotográficas digitais, Ipods, playstations, etc.
A forma que Shackelford encontrou para contrariar esta tendência foi promover a inclusão de tecnologias avançadas nos brinquedos tradicionais, como as bonecas.
O objectivo principal da Violeta não é ser reconhecida como um robot moderno mas sim como uma menina, uma filha que quer ser cuidada, acarinhada.
Judy Shackelford quis criar uma boneca que fosse capaz de fazer uma menina sentir-se amada.
Para terminar, o valor pedagógico é provavelmente o seu maior e melhor atributo.
As meninas gostam, de uma forma geral, de brincar com bonecas e bebés. Gostam de ajudar a tratar dos irmãos mais novos, interessam-se por crianças pequeninas, nas creches gostam de visitar o berçário e as salas dos mais pequenos.
Brincam às mães, dão de comer aos seus filhos, põem-nos a dormir, vestem-nos, despem-nos, penteiam-nos, brincam com eles, riem com eles, zangam-se e põem-nos de castigo quando eles não fazem o que elas querem.
O elevado valor de jogo da Violeta é fundamentado no facto de dar a oportunidade às crianças de serem mães de uma menina de 3 anos que conversa, interage e sente e que, para além disso, proporciona um desenvolvimento intelectual e emocional através dos cuidados e relação que podem estabelecer com a Violeta.
As crianças precisam de brincar, precisam do jogo e do imaginário para crescerem. Quando brincam, projectam as suas vontades, necessidades, desejos, receios na brincadeira e nas personagens que inventam.
Brincar às mamãs, permite-lhes aliviar os seus temores, dar voz às suas vontades, estabelecer limites que lhes são essenciais para crescer.
As rotinas, a forma delicada de expressão da Violeta, os horários, permitem à criança imitar os pais, perceber as dificuldades,descobrir a responsabilidade e a independêcia de uma forma lúdica, bem como estimula o carinho, a ternura, a gentileza, a boa educação, a obediência, o cuidar do outro, o receber afecto…
Os pais, ao observarem as filhas, podem perceber muito do mundo interno delas e da sua relação com eles.
É um brinquedo que pode ser útil para todos.
Com a minha cabeça adulta, peguei na boneca e identifiquei-a como tal. Os dias foram passando e dei por mim a falar com ela como falo com as minhas filhas, a pegar nela e a ter cuidado como com elas, dei por mim a fazer de mãe da Violeta.
A Mathilde nem precisou de período de adaptação, foi automático. Compreendeu e respondeu perfeitamente à Violeta, imbuiu-se do espírito maternal e deliciou-se com todas as hipóteses de jogo que ela oferece.
Quando a boneca lhe pede um abraço, ela agarra-a de forma tão delicada e afectuosa que me delicia.
É recomendada para crianças a partir dos 5 anos no entanto verifiquei, com a minha princezinha maior, que é possível para meninas mais pequenas também desfrutar e aprender com a Violeta. Até a Manon se interessou por esta "menina" como ela lhe chama.
Cá em casa ganhou uma mãe, uma avó, um avô e uma espécie de tia-irmã porque a nossa caracolinhos dourados o que fez, sem hesitações, foi tentar ingerir todas comidinhas e bolachas dela, glutãozinho! :)
3 comentários:
Amei! Já está à venda,onde?
Eu já tinha visto na página da Famosa Espanha,mas não sabia que era assim,já tou farta de procurar humanidade nos bonecos às partes:este pede chichi,este faz cocó,aquele respira e a outra mexe a cara...Finalmente uma que faz tudo!
P.S. adoro vir espreitar o blog,é ternurento como a tua voz!
Beijinhos pras lindas MM!
Vai estar à venda a partir da próxima semana, por todo o lado, suponho.
Obrigada pelas visitas! :)
Tenho uma filha com NEE e esta boneca pode dar um bom contributo para o seu desenvolvimento. Onde a posso encontrar para a adquirir, e o preço da mesma?
Sandra Morato
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