sábado, 23 de dezembro de 2006

O vírus dá voltas e voltas e voltas sem fim...


... e não há volta a dar, é sempre assim.
Joel Branco cantava o mesmo, mas no caso dele era a vida que dava voltas, lembro-me muitas vezes dessa canção. As novas gerações já não sabem quem é Joel Branco, uma pena ;-)

O vírus tinha de dar a volta à família, mais que não fosse à parte feminina da família, 3/4, 270º, primeiro a mãe, depois a filha mais bebé e finalmente a "crescida", como diz a Mathilde, "sou crescida mamã!". Safa-se o pai, por enquanto, como quase sempre, abençoado sisitema imunitário sempre em alta.

Não há queixas, as meninas têm, sido muito resistentes aos bicharocos que por aí andam, é raro adoecerem graças a Deus e ao Menino Jesus e a todos os Anjos da Guarda, que eu sei que os há e velam por nós!
Só que um vírus no Natal torna-se deveras aborrecido, pois porque há tantas coisas a tratar e aqui estamos, fechados em casa porque estão 5 graus na rua e porque há aerossóis e xaropes a administrar.

A Mathilde, a super-resistente, sucumbiu ontem à noite e hoje passou um dia do mais rabujas que possa haver.
Mais uma vez, não me atrevo a render-me à queixa, pois se os adultos doentes rabujam tanto e ele os há que rabujam ainda mais em perfeito estado de saúde, quanto mais uma criança com dois anos que não percebe porque é que lhe doi o corpo e a cabeça e porque é que tem frio e calor, e porque é que doi quando tosse e porque é que o nariz escorre e porque que carga de água isto me está a acontecer e não posso ir passear e ainda por cima os xaropes sabem mal como o raio, e lá se vai toda e qualquer tolerância à frustração e toca a desatar a choramingar por dá cá aquela palha.
O pai passa a vida a perguntar-me, indignado, porque é que não fazem xaropes que saibam bem, como se eu soubesse! São de facto muito maus os benditos xaropes, porque é que não há xaropes como quando eu era pequenina?, como o broncodiezina, branco, espesso, doce como as coisas muito doces?, o que eu gostava daquele xarope...

O que vale é que a Manon está praticamente boa, muita tosse ainda mas sem febre há 3 dias e a regressar devagarinho ao seu invejável apetite.

Isto cá em casa parece um concerto, tusso eu, tosse a Manon, tosse a Mathilde e dá a volta novamente.
Espero que o pai escape e que se entre o ano a respirar limpidamente!

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