quinta-feira, 9 de novembro de 2006
Palavras leva-as o vento...
Há dois dias a Manon, que adora estar em pé, começou a pôr um pezinho à frente do outro.
Grande excitação para todos, protagonista e espectadores.
A Mathilde começou nisto também aos 7 meses e nunca se interessou pela marcha a 4 patas, arrastou-se tipo recruta nas trincheiras durante uma semana (e que difícil que aquilo era, que eu experimentei arrastar-me ao lado dela e desisti rapidamente), gatinhou 3 semanas e, poucos dias depois de fazer um ano, andou e nunca mais parou.
Passámos 5 meses curvados a satisfazer o seu desejo de marcha. O melhor que lhe podíamos dar era o quadro família feliz, o papá de um lado, a mamã do outro, mãos nas mãos, e lá íamos nós, mais um passeio de alguns metros e um sorriso de orelha a orelha.
Pedia a toda a hora que a ajudassemos a andar e não havia costas que aguentassem a corcunda permanente.
De tal forma que prometemos que com a Manon não íamos estimular o "pezinho à frente do outro", porque com a primeira tudo começou assim, vontade e determinação da criança + orgulho babado dos pais (Ai que gira! Que precoce a querer andar, tão pequenina! Que engraçado e tal e pois...) = desvio postural = cifose dorsal = dor, basicamente.
Há dois dias a Manon começou a pôr um pezinho à frente do outro. E o que temos feito de há dois dias para cá?
(Ai que gira! Que precoce a querer andar, tão pequenina! Que engraçado e tal e pois...)
Ajudamo-la a pôr um pezinho à frente do outro, pois está claro!
Grande excitação para todos, protagonista e espectadores.
Quem é que resiste? Nós não.
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