segunda-feira, 16 de outubro de 2006

Raciocínios

Adoro a cabeça das pessoas, é um dos motivos porque sou psiquiatra (ciciatre como diz a Mathilde). A cabecinha da Mathilde é um colosso. Há umas semanas, estava eu a dar de comer à Manon, pedia ela ao pai a Cindiela, testemunhei o seguinte diálogo:
- Papa! Quero a Cindiela!
- Un: On demande comment?
- S'il te plaît, papa! ( e põe a chucha na boca)
- Deux: enlèves ta sucette! (ela começa a choramingar) et Trois: pourquoi tu pleures?
E ela, sem tirar a chucha, muito choramingona - Não quero o dois!!

E eu a dois passos, perdida de riso mas a tentar manter a compostura. O pai perdeu logo a argumentação e riu-se automaticamente e ela desatou a rir um pouco sem perceber o que estava a acontecer.

É fascinante o raciocínio em tão tenra idade, sobretudo porque é igualzinho ao de idades provectas, a qualquer uma, só que aos dois anos e meio tem para mim uma graça e exerce um fascínio ainda maiores.

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