quarta-feira, 30 de maio de 2007
Toda a verdade...
... está no coffee News!
Um jornal gratuíto, de apenas uma folha em papel reciclado, anúncios diversos, sudoku e uma coluna central com pequenas informações locais, histórias curiosas, as previsões astrológicas da semana, claro, frases famosas, 5 perguntinhas de cultura geral e anedotas, tudo em formato reduzido, curtas e concisas as notícias deste jornalinho que já não dispenso como entretém durante o café da manhã antes de começar a trabalhar.
As anedotas são habitualmente conhecidas e no entanto uma que li há poucos dias maravilhou-me, como nunca antes, pela identificação inevitável:
"A mãe pirilampo para o pai pirilampo, a propósito do pirilampozinho:
- Ele é brilhante para a idade, não achas?"
Mas há dúvidas?! Brilhantes, as minhas duas estrelinhas, claro! :)
terça-feira, 29 de maio de 2007
A minha bebé mais pequenina sabe contar!
Papa: Un, deux, trois.
Un, deux, trois.
Un, deux, trois.
Un, deux, trois.
Un, deux...
Manon: toi!
Un, deux, trois.
Un, deux, trois.
Un, deux, trois.
Un, deux...
Manon: toi!
domingo, 20 de maio de 2007
quinta-feira, 17 de maio de 2007
Linguística
"A Cinderela é taralhouca e a Branca-de-Neve é patareca."
Questão semântica: Então mas as princesas não são absolutamente divinas?
Questão semântica: Então mas as princesas não são absolutamente divinas?
sábado, 12 de maio de 2007
Olá!
- Olá!
- Olá Manon!
- Olá!
(Diz "Olá" inesperadamente, a nós e a quem se cruzar com ela na rua, uma simpática a Manon!)
Antes da Mathilde eu tinha um acordar muito mal disposto, só melhorava depois de comer, devia ser da hipoglicémia. Tudo mudou com o seu nascimento e mais ainda com o da Manon.
Como é que se pode permanecer de mau feitio com uma carinha destas a sorrir e a cumprimentar-nos a começar o dia?
terça-feira, 8 de maio de 2007
Yo (no) creo en brujas (pero) que las hay, las hay!
Ontem tive uma dor de barriga, uma dor epigástrica para ser mais precisa, ali por onde o estômago se contrai como um saco enlouquecido e fervilha cloridricamente para gáudio de uma digestão que se quer a começar perfeita.
Ontem engoli uma aranha feita de arame farpado que esticou as suas muitas patinhas ao longo do alto do meu abdómen, assim a descair para o hipocôndrio direito que é como quem diz ali por baixo do diafragma, no canto do fígado e da vesícula e dos canais que os ligam ao duodeno, esticou e não parou de esticar e arranhar e, sejamos claros, massacrar, torturar, esfrangalhar a minha rica barriga sem dó nem piedade.
E durou horas.
Quando fui deitar as meninas, a Mathilde fez-me uma massagem mesmo boa, daquelas com apoios em pontos precisos e alívio subsequente, carregou aqui, esfregou acolá, festinhas e beijinhos, cobertores,almofadas e bonecos para me consolarem, enfim, tratamento VIP do mais carinhoso que conheço.
- Que massagem tão boa Mathilde!
- É!
- Pois é, é! Onde é que aprendeste a fazer isto?
- Na creche, com o António (o príncipe, o seu adorado António).
- Com o António? Mas como? Foi ele quem te ensinou?
- Eu faço a ele e ele faz a mim.
- Ah! Claro...(Tão giros!... Pronto, tudo bem... ficamos assim então...)
Hoje de manhã a dor ainda cá estava, menos intensa mas presente e aparentemente com tendência ao agravamento.
Fui acordar a Mathilde, e a boa da minha criança, que anda com a mania dos pensos rápidos nos dói-dóis todos existentes e fantasiados, ela é penso vermelho, ela é penso amarelo, azul, verde, com bonecos, vulgares cor-da-pele, redondinhos, com o Winnie The Pooh, e o mais que houver, perguntou-me:
- Dói-te a barriga?
- Sim, um bocadinho.
- Eu vou pôr um penso na tua barriga.
E saca de um penso com o Tigre amigo do Pooh, o Tigro, que ela conhece-o em várias línguas mas diz sempre em francês.
- Se calhar não é preciso. Isto é um dói-dói por dentro, um penso não vai servir para grande coisa, só se for para enfeitar ;)
- Eu vou pôr, no teu dói-dói.
E eu pronto, tudo bem... ficamos assim então...
Ela abriu o curativo com muito jeitinho e precisão, levantou o meu pijama e colou-o exactamente onde me doía mais. Depois passou as mãos na minha barriga, assim como quando se acaba uma massagem, como se estivesse a limpá-la e disse:
- Sai! Sai! Sai dói-dói!
E depois olhou para mim e sorriu. E mais nada.
Isto pode parecer bizarro, coincidência ou simplesmente palerma mas a dor desapareceu, mesmo, parou naquele instante e não voltou. Pode parecer bizarro, coincidência ou apenas palerma, para mim é mágico.
Tenho uma filha mágica e ela nem sabe. Ou será que sabe?
Quando a deixei na creche pediu-me para eu guardar o penso todo o dia e eu guardei, só o tirei à noite para lhe dar porque ela queria mais um para juntar aos três coloridos que colou numa perna (deve achar que aquilo é fashion, expressão com que se saíu há umas semanas a brincar com a Kitty, a gata que veio da China, " A Kitty é muito fashion!").
Alguma vez eu tiraria aquele curativo mágico?!
Há quem vá à bruxa, eu fiz uma cá para casa ;)
domingo, 6 de maio de 2007
O enterro da chucha
Hoje é um dia histórico, o dia do enterro da chucha da Mathilde.
Bebé, nunca ligou à chupeta, roubava as chuchas dos amiguinhos do berçário e atirava-as para longe, a safadinha. Um dia, já com um ano e qualquer coisa, quando se perdeu de amores pelo Monsieur Chat, descobriu também os prazeres do suga-suga e tornou-se uma Maggie Simpson convicta em momentos de necessidade de consolo.
Andávamos há meses a falar do enterro da chucha e a Mathilde a responder que sim e tal e coisa mas sempre a adiar.
Hoje, de repente, talvez porque estava sol, e fomos à praia de manhã, e ela andou com a Manon a brincar dentro de uma piscina pequenina à tarde, maravilhada com o fato de banho e os pés ao léu finalmente!, e era o dia da mamã, e ontem fez anos a vovó e houve bolo e velas para soprar e parabéns para cantar mais uma vez (é que parece Natal esta época! Toda a gente faz anos!), não sei, alguma coisa lhe passou pela cabeça, acabou de lanchar e disse:
- Não quero mais a chucha!
(Talvez tenha ajudado dizer-lhe, pela enésima vez, de forma já aparentemente displicente, que se ela continua com a chucha vai ficar com dentes de Bugs Bunny, projectados para a frente, e o aparelho será um must inevitável se os quiser direitinhos novamente; não, não é um exagero, é o que está a acontecer, para grande aborrecimento meu, enfim... não quero provocar-lhe infelicidade ao amputar-lhe a chucha, o grande consolo em qualquer ocasião de contrariedade mas enfim... também não quero que ela fique infeliz porque os dentes isto ou aquilo)
E nós:
- Não queres? Não queres nunca mais?
- Não!
- De certeza?
- Sim! Não quero nunca mais a chucha!
- Ah! (Tocam trompetas, cantam anjos, aleluia, aleluia... é Natal realmente!) E podemos enterrá-la? (Pensando melhor é o fim da Quaresma...)
- Sim!
E lá fomos nós proceder à cerimónia.
A chucha jaz, pois, dentro de uma caixinha oval, por baixo de um loureiro do México, desde as 16h mais minuto menos minuto.
Jaz e lá ficará mas suponho que a história não está de todo acabada.
Claro que a ela a reclamou várias vezes e nós lá lhe fomos dando a volta. Mas para dormir nada feito, ela pediu tanto mas tanto mas tanto que lá negociámos que era mesmo só para dormir e que amanhã a chupeta volta para debaixo da terra (a sorte é que a Mathilde tem não sei quantas chuchas todas iguais, made in Jumbo, e que embora tenhamos feito desaparecer as outras, não foi preciso ir desenterrar nada mas apenas abrir uma gaveta) (afinal é Páscoa, a chucha ressuscitou 4 horas depois da sua morte, nem 3 dias isto durou... resta o Pentecostes daqui a uns dias, pode ser que o milagre aconteça, por obra e graça do Espírito Santo).