quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Vocações XI



A nossa loira, entretanto, enervou-se a tentar tirar um elástico do cabelo e não foi de modas, ou foi, depende do que estará a dar por aí em termos de penteados, e resolveu cortar o elástico.
Nada que e eu o Xav não tenhamos praticado no passado no cabelo dela, no da Mathilde e até nos nossos. O corte do elástico é a única alternativa quando os nós são tantos e tão cegos que não nos deixam ver outras. O elástico ou o cabelo? Cortamos o elástico.

Sacou da tesoura na sala de aula e Zás!, cortou o dito e um pouco mais do que o dito, sendo este pouco mais - cabelo, em plena testa.

Tem pois umas farripas que nem são franja nem deixam de ser e o que são é um desassossego porque demasiado curtas para apanhar e suficientemente longas para passar a vida a tapar os olhos.

O outro ponto aborrecido prende-se com os gostos, não discutíveis, apenas lamentáveis.
Ninguém cá na família é apreciador de franja, apesar de em tempos muito muito muito idos eu ter usado, ia de modas e estava a dar por lá, de haver quem a use muito bem e sabe-se lá se não mudo de opinião um dia destes mas no momento presente, franjas não, muito obrigado.

Nada a fazer, há que esperar. O que vale é que o cabelo volta a crescer e o dela, como o de todos cá em casa, com a graça do céu, cresce tipo grama, da que cresce muito depressa.


É a segunda vez que a Manon corta o cabelo inadvertidamente.
Desta o risco era previsivelmente elevado mas na primeira, há um ano, mais coisa menos coisa, quando resolveu cortar um papel na penumbra as hipóteses de alteração do penteado eram bem menores.
De qualquer das formas, aconteceu. Inclinou-se um pouco para a luz para poder ver melhor, o cabelo caíu-lhe para a cara e, não se apercebendo, tal era a concentração - cortar com tesoura é sempre uma aventura, sobretudo com os 4 anos que ela tinha, e mesmo para mim com 40... - cortou uma madeixa também. Cortou, apesar de tudo, bastante menos em comprimento do que desta vez.

Ela continua a dizer que quando "será" grande vai pintar a cara das pessoas mas mais parece que a queda é para cabeleireira!

Vocações X


Livro de Língua Portuguesa:

O que queres ser quando fores grande?
Quando eu for grande, quero ser psiquiatra.

Em Junho, a Mathilde queria ajudar as crianças a ser felizes.
Em Setembro mudou-se para o departamento dos adultos.

Ou lhe parece que os adultos têm mais dificuldade em ser felizes ou, simplesmente, a ideia "cresceu e amadureceu" durante as férias.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Luso-francesa-franco-portuguesa


A plasticidade cerebral das crianças é genial.

Por ser bilingue, pensámos, inicialmente, que a Mathilde falaria mais tarde do que o habitual. Ditavam-nos tal atraso os profissionais, os livros e a experiência alheia. Sucedeu o contrário. Falou cedo, muito, e, num vê se te avias, adquiriu um vocabulário extenso e rico para a idade, tanto em português como em francês.

Está numa escola portuguesa e anos passados após as primeiras palavras, aprendeu pois a ler, em português.

Ora o francês escrito é bastante diferente, bastante mesmo, da ortografia lusa.
Há uma semana, com o pai, a nossa luso-francesa-franco-portuguesa primeira pegou num "Mini Loup" e bilinguismo para que te quero?!, desatou a ler como se sempre tivesse sabido ler francês.

Estou, estamos, abismados!!
Bravo! Ou melhor direi "Bravô!";)

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Ohé, ohé Matelot... II


Durante o Verão fomos visitar os nossos amigos da Escola de Vela da Lagoa.



Um dia muito bem passado a velejar.








As manas M adoram e nós também.




terça-feira, 20 de setembro de 2011

Beach Girls III

Durante o Verão as manas M foram andaram a apanhar ondas.

A Manon afirmava há um ano que surfaria só quando fosse grande. Supomos que já deve ser pois surpreendeu-nos com um óptimo equilíbrio e uma garra destemida intercalada com risos de contentamento.




A Mathilde, mais cuidadosa, como sempre, também se entusiasmou e nem se ralou com as quedas e os pirolitos.



E ninguém se queixou da temperatura da água! Apenas eu me dei conta, ao fim de mais de uma hora a filmá-las, que estava gelada e que talvez tivesse perdido um artelho ou dois no mar do Guincho. Afinal ainda conto dez mas que saí dali roxinha, saí.

O Xav andou contente e investido, imaginando-se daqui a uns anos a surfar com elas. E eu lá irei. Mas de meias de neoprene :D

Marrakech IV ou Dança do Ventre III

O Xav a assistir à mesmíssima dança, num momento de grande tudo abana tudo treme a velocidade vertiginosa:

- Ça c'est le precursor du power plate.

Marrakech III ou Dança do Ventre II ou Gostos não se discutem!

A Manon a assistir à mesma dança do ventre:

- Mamã! A senhora de branco é feia e tem uma barriga grande!


Marrakech II ou Dança do Ventre I

A Mathilde a assistir a uma dança do ventre:

- Papa! Papa! La dame en rouge est en train de perdre sa jupe! Regarde ça tombe!On vois la culotte! C'est moche!


quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Marrakech

Já há uns anos que falávamos em passar um fim-de-semana comprido (melhor dizendo, um fim-de-semana mais dois dias porque o que é afinal um fim-de-semana comprido?, o fim-de-semana, oficialmente calendarizado há séculos, tem dois dias e não há como alterar no sentido crescente, valha-nos a sorte da troika não ter imposto a sua redução, ou impôs?, indirectamente?, pois...), em Marrakech, a "pérola do sul" no sudoeste marroquino.

Uma promoção, daquelas gritantes, sobretudo para alguém que vive para as férias, contemplada no écran do computador logo no dia a seguir ao regresso das últimas férias levou-nos não um fim-de-semana, curto ou comprido, mas onze dias à "cidade vermelha".

Fomos pois no final de Agosto para o sopé do Atlas à procura de abençoados 40 graus. Fazemos parte daquele grupo de pessoas que gostam de calor, muuuito calor!
Esteve calor, sem dúvida, uma maravilha!, durante os primeiros quatro dias. Os outros sete esteve calor mas menos. Ainda assim, abençoada temperatura elevada no suposto final de um Verão muito pouco abrasador em Portugal.




A Mathilde e a Manon divertiram-se como sempre.

Puderam voltar a subir ao trapézio e "voar" pelos ares.




Saltaram em trampolins.



Jogaram ténis.



Fizeram tiro ao arco.





Fizeram tatuagens.





Beberam sumo de laranja e comeram pistácios e cajus.



Vestiram-se a rigor e fizeram espectáculos.





Andaram de camelo.





Nadaram e mergulharam até a pele ficar tipo passa.





Nos passeios pela cidade, fomos à Praça Djemaa el Fna, a praça mais movimentada, na medina de Marrakech, com saltimbancos, acrobatas, encantadores de serpentes, curandeiros, músicos, dançarinos, contadores de histórias, mulheres que fazem tatuagens, domadores de macacos e até comerciantes de dentes, dispersos entre barracas com comida típica.















Passeámos pelo souk e não nos perdemos!!!







Demos a volta à cidade numa carroça
























e voltámos a entrar (a primeira vez foi em Agadir há oito anos) numa farmácia dita "100% naturel", onde mais uma vez o huile d'argan se mostrou a cura para todos os males. Segundo o vendedor trata desde verrugas a vesículas preguiçosas passando pelas doenças cardiovasculares, as endocrinológicas, as infecções urinárias, as úlceras gástricas e a impotência. A panaceia universal! Pelo sim pelo não comprei um creme anti-age, pode ser que me tire vinte anos...



Fomos também ao Jardin Majorelle, criado pelo pintor Jacques Majorelle e continuado por Yves Saint Laurent, muito bonito e, a nosso ver, imperdível.





















Foram umas belas férias, um recarregar de baterias para a rentrée escolar!