domingo, 24 de fevereiro de 2008
Manon
Na sala Manon estão a fazer um livro.
Os pais de cada menino escrevem a sua história preferida, ilustram e criam um boneco para contar a história. Vão à sala contá-la e, no final, o livro passará pelas casas de todos os meninos.
Na semana passada fomos lá contar, aliás cantar, a história da Manon.
E foi mesmo, a história da Manon, porque o que ela prefere é a canção que fiz há quase um ano e que lhe canto para a embalar.
Era uma vez uma barriga, redonda como um balão
Uma casa engraçada, como canta outra canção
Feita perfeita com esmero, de estrutura natural
Acabamentos estudados, aquecimento central
Vive nela uma menina, pequenina, a flutuar
À espera que o relógio dê o toque de acordar
Um um… um um… bebé, pedacinho do céu
Meu amor pequenina, o mundo é todo teu
E então a porta abre, a voz soa numa estreia
“Bem vinda” ouve, e aninha-se junto à pele que a rodeia
Os olhos abrem de espanto ante a vida adivinhada
Traz o perfume secreto da essência da morada
Bate no peito um tambor, o ar é novo, inspirado
Abre o gosto, abre os braços, abre o peito apaixonado
Um um… um um… bebé, pedacinho do céu
Meu amor pequenina, o mundo é todo teu
Espreguiça as mãos pequeninas, espreguiça o corpo a crescer
Tem anjinhos seus amigos que velam o adormecer
Estica os dedos, toca o céu, tece um sorriso, matreira
Traz pós de perlimpimpim, a brincar é feiticeira
Única, irrepetível, princesinha pequenina,
Harmonia encantada, sabedoria divina
Um um… um um… bebé, pedacinho do céu
Meu amor pequenina, o mundo é todo teu
Narizinho arrebitado, olhar doce e decidido
Um passo, dois, três, o riso, mais um feito conseguido
Curiosa, destemida, gulosa, determinada
Uma bolacha, duas, três, barriguinha consolada
Caracóis de sóis dourados brincam livres, leves, soltos
A meiguice dita os gestos, entre sorrisos marotos
Um um… um um… bebé, pedacinho do céu
Meu amor pequenina, o mundo é todo teu
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
sábado, 16 de fevereiro de 2008
Associações livres
terça-feira, 12 de fevereiro de 2008
sábado, 9 de fevereiro de 2008
O carnaval são 5 dias, não são nada 3!
Com esta mania de fecharem as creches na segunda-feira de caranaval, as festas das escolas são habitualmente na sexta anterior. Resumindo, os desfiles de máscaras cá em casa sofrem um acréscimo de 66,6%.
Para completar a alegria, resolvemos fazer um lanche mascarado na terça gorda com alguns amiguinhos da Mathilde e da Manon, basicamente amiguinhas que a Mathilde no que toca aos meninos quis o seu príncipe e mais nenhum.
Foi um festival de princesas cá em casa, a Branca de Neve, a Cinderela, a Aurora, umas fadas à mistura e um dragão.
Depois de Mulan, encarnada há um ano, a Mathilde já tinha começado como fada esvoaçante antes da época,
foi de Branca de Neve na dita sexta-feira
e resolveu recuperar o seu vestido cor-de-rosa já velhinho, o tal com que sonhava há mais de um ano para casar com o seu príncipe, e chamar-se Bela Adormecida, bem desperta diga-se de passagem.
A Manon, bem mais comedida, fadinha começou
e fadinha acabou, com uma maquilhagem à base de um olho negro, resultado do encontro preciso e doloroso do ângulo externo da órbita direita com a esquina de um degrau após desequilíbrio aparentemente inofensivo, esta miúda é um todo-terreno destemido e destravado e de vez em quando capota, e de bolachas de chocolate, baton para que te quero?, sempre divertida e comilona.
As festinhas de crianças são um atentado ao metabolismo e à homeostase organísmica. Gomas, smarties, bolachas, chocolates, rebuçados, salsichas, batatas fritas e mais bolachas e bolos e sumos e nada que seja verdadeiramente nutritivo e saudável.
Adoro! Nada como uma barrigada de excepções para animar quem não gosta de regras.
Até fiquei mais amiga do carnaval e tudo.