terça-feira, 16 de janeiro de 2007

Sopinha de letras


Um dos livros da colecção "Matilde" é "Matilde descobre as letras".
Começa por explicar que as letras fazem parte de uma família de 26 (K, W e Y incluídas) que se chama abecedário e continua mostrando como servem para escrever palavras que estão por todo o lado, nos livros, nas legendas de desenhos, nos jornais e nas revistas, nos rótulos dos produtos do super-mercado, nas folhas de presença da escola, nos recados que os professores enviam aos pais, etc.
Um dos desenhos mostra a Matilde a olhar para um letreiro horizontal por cima de uma porta - FARMÁCIA.

No fim-de-semana, durante um passeio passámos por uma farmácia cujo letreiro, na vertical, brilhava a néon verde.
A Mathilde olhou e:
- Farmácia! Olha mamã! Como no livro da Matilde e das letras!

Tínhamos passado por vários letreiros, várias lojas, ela nem sabia que aquela era uma farmácia, ela nem sabe o que é ou para que serve uma farmácia. O letreiro estava na vertical e não na horizontal como no livro e, sobretudo, ela NÃO SABE LER!

Suponho que terá memorizado o desenho das letras, mais ou menos a ordem, sei lá, alguma coisa se passou naquele cérebro que fez com que ela relacionasse as duas coisas. O que é certo é que no livro o único letreiro que aparece (a preto) é o da Farmácia e ela só indicou a mesma ao vivo e a cores, a verde néon para ser mais precisa.
Fiquei abismada.

E depois acrescentou:
-Olha papá! Um M de Mathilde!
Isso já não nos espanta, o M ela conhece há muito tempo, M de Mathilde, de Manon, de Maria, de Mamã. O Pai queixa-se. E ela encontra sempre um X para lhe dizer que é o X do seu nome, Xavier.

Mas... Farmácia????

3 comentários:

Rita Ribeiro disse...

O que mais impressiona às vezes e se pensarmos nisso(que tentamos não o fazer) é a velocidade a que eles crescem. Nestes pequenos e surpreendentes detalhes...
Beijo
Rita

Anónimo disse...

Realmente impressionante. Acho que eles não param de nos supreender com coisas desse género. Mas, realmente, Farmácia?... caramba! :)

Nelson Santos disse...

Realmente aquelas cabecinhas fazem ligações a uma velocidade surpreendente...e é tão giro de as ver a ligar o mundo como quem constrói o seu próprio puzzle de vida.